3 de set. de 2003

É Preciso uma reforma na Educação

É preciso que o ensino tenha relação com a vida das pessoas, e que as pessoas tenham prazer em aprender; 
E que não seja na base de decoração e sim no entendimento; 
E que os assuntos partam das necessidades do estudante-aluno-participante;
E que, também, a pessoa tenha instrução básica a respeito de como o homem e o mundo funcionam (historia, sociologia, antropologia, psicologia, economia, direito) para que este tenha a possibilidade de agir no mundo; 
E que as aulas sejam por meio de troca de experiências;
E que os professores ouçam os alunos;
E que estes não sejam professores e sim auxiliadores-facilitadores;
E que estes aprendam com os alunos também;
E que sejam amigos também;
E que o professor-auxiliador parta da realidade do aluno, de como este vê o mundo para depois abrir as discussões;
E que este fale a língua do aluno, de uma maneira que o aluno possa compreender o assunto a ser tratado em sua realidade;
E que haja uma troca do conhecimento, linguagem, cultura, valores, idéias entre o professor e do aluno;
E que não seja necessário perguntas no papel para provar o conhecimento;
Que o conhecimento seja prático, sendo realizado por meio do trabalho;
Trabalho no sentido da ação do homem no mundo alterando-o e configurando-o para seu benefício; 
E que o aluno possa alterar os paradigmas de ensino, inclusive os desta reforma que proponho;
E que o aluno tenha a liberdade de fazer o que quiser na escola, sem repressão alguma, desde que respeite seus colegas;
E que o aluno possa escolher as disciplinas, horarios, locais e programas de aulas, bem como o que deseja ler e estudar;
E que sejam criadas novas disciplinas de acordo com as necessidades dos alunos e dos professores;
E que o processo de aprendizagem seja agradável e útil para a vida do estudante, bem como se este não tiver interesse não seja obrigado a participar do processo;
E que o processo da educação seja um meio de apresentar como a sociedade funciona e nossa cultura, com diversos tipos de visões, e apresentar tambem como pode-se intervir em nossa história;
E que a escola não seja um lugar fechado com horário para entrar e sair, e sim um lugar aberto onde todos podem entrar e sair no momento que quiserem (professores e alunos), participar de aulas, debates, discussões, trabalhos em conjunto, criações artísticas, etc; 
E que a escola não esteja separada da sociedade, e sim que seja uma extensão das redes sociais e que se discuta assuntos políticos, bem como sobre as organizações de empresas e do governo e as implicações destas em nossa vida;
Além de muitas outras coisas, principalmente, que isto não seja apenas uma utopia e que se concretize!
 setembro de 2003. 

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